25 de outubro de 2010

Por que fazer boas obras?

“Portanto a fé é assim: Se não vier acompanhada de ações, é coisa morta” (Tg 2.17 - NTLH).


Nas mensagens deste mês, em que lembramos a Reforma Luterana, muito tem se falado sobre como Deus nos aceita por amor, sem nenhuma colaboração do ser humano. Mas, e como ficam as boas obras?

No tempo de Lutero, muitas pessoas achavam que poderiam ser salvas praticando boas obras. Acreditava-se que o jejum, a oração, o pagamento de promessas, o adotar de uma vida religiosa, pagar o dízimo em dia, etc, ajudava na salvação. É como se Deus tivesse uma caderneta na qual anotava todos os nosso débitos e créditos. No final, Deus fazia o balanço e dava a sentença. As boas obras eram, assim, necessárias para a salvação. Se cada um de nós parar para pensar, verá que, se depender de boas obras, o nosso saldo vai estar sempre no vermelho. Nossos pecados são muito maiores do que as nossas boas obras.

Diante de nossa incapacidade de cumprir os mandamentos divinos, Jesus assumiu a forma de ser humano. Ele cumpriu a lei perfeitamente e pagou por todos os nossos pecados morrendo na cruz. Mas por que, então, devemos fazer boas obras? Para Lutero, boas obras é tudo aquilo que fazemos na fé. Nós não praticamos boas obras para nos salvar, mas as fazemos porque já estamos salvos.

O que acontece com uma barra de ferro se a colocamos no fogo? Com o passar do tempo, ela fica vermelha. É uma conseqüência natural. Assim também, diante do amor sem medida de Deus por nós, a conseqüência natural é praticarmos boas obras. Não porque somos coagidos, mas porque as boas obras são frutos do coração agradecido a Deus por seu imenso amor.

Oremos: Amado Deus, ajuda-me para que eu possa ser agradecido por tudo que tu fizeste e faz por mim. Que minhas boas obras espelhem a fé viva que tenho em ti. Amém.
Pastor Frederico Pieper

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